segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Investigando a Ação Cultural e Educativa em Museus: Relato de Valéria Abdalla do Museu Histórico Nacional



No encontro do dia 25/10 tivemos o prazer de acompanhar por vídeo conferência o relato de Valéria Abdalla, funcionária do Museu Histórico Nacional, no setor de Divisão Educativa e Profa. Substituta do Curso de Museologia, do Departamento de Ciências da Informação, da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Bacharel em Museologia, pela Universidade Federal da Bahia.

A videoconferência tinha como foco de abordagem algumas práticas realizadas no Museu Histórico Nacional-RJ e sua ação educativa junto ao público. Um dos projetos era o Escola em Movimento, adotado em 2008. Este projeto a partir de datas históricas, tais como dia da independência, dia do índio, trata de conectar com apoio de profissionais da História, do Teatro, entre outros, o seu acervo, deste modo estabelecendo contato entre os objetos/atividades com a realidade dos visitantes.
Outro projeto interessante foi o de inclusão de visitantes com deficiência visual, realizado pelo Instituto Benjamin Constant, onde os objetos selecionados podem ser tocados, tornando-os assim visíveis aos visitantes em questão. Há conversações para um trabalho em conjunto acontencendo.

A instituição pretende cada vez mais aprimorar encontros com os profissionais da área do Turismo, que desde 2008 tem acesso a cursos de formação no Museu Histórico Nacional. Segundo Abdalla, é importante utilizar o "espaço em torno do museu e criar narrativas ao redor. Envolver as zonas comerciais, envolver as pessoas que circulam ao redor". 
Outro projeto envolve o preparo de professores e demais profissionais da educação, denominado Museu, espaço de construção de saberes. Outros projetos dizem respeitos as visitações mediadas. Maiores detalhes na página da Divisão educativa: http://www.museuhistoriconacional.com.br/


Formação Educadores
Visita Mediada











A palestrante entende ser essencial a criação de mecanismos de retorno do público. Assim, estabelecer um trabalho pré-visita, visita e pós-visita para entendimento holístico do processo de envolvimento do público visitante. O espaço de memória institucional está sendo preenchido atualmente com backups, fotografias e relatórios finais de fechamento de exposições, embora inda necessite de pesquisas mais apuradas para melhorar as ações educativas do museu.

Museu Histórico Nacional- RJ





(Site do Museu Histórico Nacional)
(Site do Museu Histórico Nacional- projetos)
(site do Instituto Benjamin Constant)
(Projeto Inclusão deficiência visual Instituto Benjamin Constant)

Conferência Ethiene Nachtigall: Comentários sobre as Bienais.

No encontro do dia 18/10 tivemos a oportunidade de receber a colaboração em forma de diálogo de Ethiene Nachtigall, coordenadora do curso de mediadores da Fundação Bienal do Mercosul de Porto Alegre. A palestra destinada aos alunos do curso de museologia, veio a fundamentar os conteúdos a serem trabalhados nas disciplinas convidadas (Ação Cultural e Educativa em Museus/ Informação e Educação Patrimonial) como os conceitos de ação cultural e educativa em museus, debatendo sobre  os procedimentos teóricos-metodológicos aplicados nessas experiências.
A palestrante trouxe um histórico detalhado das oito bienais realizadas desde 1997, bem como as primeiras tratativas sobre o evento datadas no ano de 1994. A partir da 4 bienal o evento teve maior respaldo de patrocinadores, inclusive com apoio de instituições como Museu de Arte do RS e Santader Cultural/RS. O foco da conferência foi a ação educativa realizada pelos mediadores nas bienais ocorrentes nessas oito edições e suas respectivas metodologias de formação. Relata também as maneiras como ocorrem as formações de mediadores, inclusive existindo subsídios na biblioteca on-line do site da Fundação e as aulas do último curso disponíveis no youtube.
A palestrante ainda informou sobre as facilidades de entendimento sobre a Bienal no site oficial da Fundação
da Bienal do Mercosul, convidando os alunos a participarem do próximo evento em 2013. O curso de formação começara pelo menos três meses antes do evento, ocorrendo em vários locais da cidade, tais como Iberê Camargo, Auditório do Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano, sendo disponível o curso em EAD (à distância).
Ethiene Nachtigall
Fica o convite para os amantes das artes, estudantes de Museologia
e demais cursos de graduação a possibilidade de participação a 9 Bienal do Mercosul no próximo ano.








Locais para saber mais sobre Bienais:
(Site Bienal do Mercosul)
(Aula 28 Formação de Mediadores da 8 Bienal do Mercosul

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Traçando caminhos com a Traça Biblió na CCMQ/RS 11 de Outubro de 2012

No último encontro, juntamente com o projeto BRINCANDO COM OS VERSOS DE QUINTANA, tivemos a oportunidade de percorrer o universo mágico da Casa de Cultura Mário Quintana acompanhados pela Traça Biblió (Dinorah Araújo) numa incrível experiência de educação patrimonial. O projeto idealizado pela atriz, que assim como nós riograndenses tem o maior apreço pelas palavras do poeta Mário Quintana, existe desde 2006. O roteiro assinado por Carlos Urbim e Dinorah Araújo integra a programação  da  Semana do Aniversário de 106 anos do poeta  Mario Quintana. O seu público-alvo são estudantes de escolas de Ensino Fundamental, ONGs e abrigos da capital e do interior do Estado.
Nas palavras do site oficial da CCMQ:

"A visita é conduzida por Dinorah Araújo, de forma lúdica,  com a personagem Traça Biblió, de Carlos Urbim,  que  apresenta a Casa de Cultura Mario Quintana - CCMQ  para  estudantes.  Aborda o universo infantil da obra do poeta, sem deixar de incluir aspectos alusivos à infância contidos nos livros para adultos, além de referências que traduzem o amor de Quintana pela cidade de Porto Alegre, grande fonte de inspiração da sua produção literária. Enquanto vai mostrando detalhes da Casa de Cultura, entre eles o quarto do poeta, Biblió vai dizendo poemas e textos de Quintana. A obra e a vida do poeta alegretense são mescladas com a história do Hotel Majestic, fundado em 1923 e que se tornou na atual CCMQ,  em 1990. Os poemas e textos escolhidos para compor o roteiro integram as obras: Pé de Pilão, Lili Inventa o Mundo, Baú de Espantos, Sapo Amarelo,  A Rua dos Cataventos, Canções, Sapato Florido, Espelho Mágico, Caderno H, Apontamentos de Histórias Sobrenatural, Esconderijos do Tempo, A Vaca e o Hipogrifo, O Batalhão das Letras e Sapato Furado." (Casa de Cultura Mário Quintana)


A experiência foi inspiradora para nós estudantes e professores envolvidos com a prática educativa em museus e centros culturais pensarmos em metodologias cada vez mais envolventes e lúdicas para o ensino-aprendizagem de crianças e jovens.


                                          Figura 1: Tracinha Biblió
                                          Fonte: wp.clicrbs.com.br




A TRAÇA BIBLIÓ E O POETA
BRINCANDO COM OS VERSOS DE QUINTANA
Visita guiada na Casa de Cultura Mario Quintana
Rua dos Andradas, 736
Dia 30 julho – 14h30min
Entrada franca
Informações
Telefone: (51) 3311.6677 e 9964.5492
Sítio: www.tracabiblio.com.br

domingo, 7 de outubro de 2012

Palestra dia 27/09 (Simpósio Internacional PUCRS)

No decorrer do evento Simpósio Internacional: Imagem, Cultura Visual e História da Arte fomos convidados a assistir a palestra da Profa Dra Zita Possamai, ministrante da disciplina na qual estamos inseridos (Informação e Educação Patrimonial) no dia 27 de Setembro do ano corrente. A palestra intitulada 
Deslocamentos do olhar fotográfico: Da arquitetura escolar aos sujeitos fotografados, traz a pauta os diversificados usos legados a arte fotográfica na educação, desde seus primórdios no início do século XX até os dias contemporâneos, onde torna-se ferramenta de registro documental. A autora elucida não somente os registros dos prédios, como também dos sujeitos fotografados. As fotografias estão construindo além do que os olhos podem ver, elas estão "docilizando os sujeitos" por meio da cultura escolar. Os seres transpostos a uma imagem homogeneizada e uniforme construindo sentidos propostos e impostos pela realidade escolar. A imagem oficial que constrói as representações dos sujeitos.

Deslocando um pouco do foco do texto a seguinte exposição me fez pensar na realidade contemporânea, onde os alunos registram freneticamente seu cotidiano escolar buscando "fatores de diferenciação" por meio das inúmeras fotografias, em  seguida postadas em redes sociais, imagens estas bem diferentes daqueles álbuns que a escola de tempos em tempos promove para a posteridade.