domingo, 11 de novembro de 2012

Vídeo-Conferência com Amanda Tojal: Acessibilidade em Museus


Amanda Tojal, profissional da Pinacoteca de São Paulo traz importantes relatos sobre a questão da Acessibilidade em instituições museológicas, campo de pesquisa da qual é a maior especialista. 

Firma sobre a importância de haver um programa de Acessibilidade em que se envolva com toda a programação da instituição. Inclusive, afirmou desconhecer qualquer espaço que tenha um programa desta natureza de forma permanente. Sabendo que qualquer uma das práticas a serem desenvolvidas devem ser discutidas com conservadores, restauradores, museólogos...

As práticas inclusivas podem usar-se de métodos de produção de réplicas para a promoção do contato com visitantes deficientes visuais, por exemplo. O "encanto" com o prédio, trabalha o espaço o acervo (objeto, peças, em réplicas), o diálogo com o público e com os restauradores. Mesmo sabendo das dificuldades financeiras das instituições, acredita na possibilidade de publicações acessíveis, talvez com textos simplificados em braile ou gravações em áudio. 

Outro ponto interessante, seria a inclusão de profissionais tais como professores de Libras, entre outros profissionais que poderiam compor o quadro museal.
Uma das frases mais marcantes da conferência foi a que conceitua a inclusão "Inclusão não significa tratar todo mundo com igualdade." 
As instituições museológicas e a sociedade devem adaptar-se aos deficientes que, como cidadãos, merecem um tratamento respeitoso e inclusivo.



Site Pessoal Oficial www.arteinclusao.com.br
Site oficial da Pinacoteca de São Paulo: http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca/

Vídeo-Conferência por Helena Quadros do Emilio Goeldi



Profissional do Museu Paraense Emílio Goeldi desde 1982, Helena Quadros, possui um currículo extenso na área da Educação Ambiental e Pedagogia, desenvolvendo amplo trabalho na linha das Ações Educativas no Emílio Goeldi. Para a pesquisadora é de suma importância o paulativo estreitamento de laços entre museus e escola. Trouxe em seu relato a experiência do projeto desenvolvido em uma das 32 ilhas paraenses, na ilha Cumbu, onde ocorrem visitas monitoradas de Educação Ambiental e atividades pedagógicas, conscientizando sobre a conservação dos espaços.

Devido ao seu trabalho elevou a instituição a categoria de Jardim Botânico, promoveu ingressos comunitários e juntamente com o museólogo Mário Chagas iniciou em 2009 uma reunião de gestores no Goeldi, a chamada "mulheres da Amazônia".

Outro projeto importante é o inventário participativo, onde através de eixos temáticos como a história dos bairros, as parcerias do museu e as manifestações culturais locais (capoeira, graffitti, boi-bumbá) desenvolve os trabalhos realizados pela instituição de maneira a problematizar-se com as realidades dos moradores das cercanias.

Seguindo sua formação na área da Pedagogia, traz a importante contribuição de atividades lúdicas como o Jogo da Memória, onde são trabalhados os biomas  nacionais. Aqui no Rio Grande do Sul, Fernando Vargas é o responsável pelo projeto no Jardim Botânico. Outras atividades são realizadas, tais como: Teatros de fantoches, personagens históricos interagindo com alunos, Baú da Vida (livros, banners e jogos).
Muitas das atividades ainda transitam pelo país, de forma itinerante.Os monitores da instituição recebem constantes cursos de formação, além de passar por um período probatório. Ocorre também pesquisas sobre os resultados das ações educativas, promovendo feedbacks interessantes para a instituição.