terça-feira, 25 de setembro de 2012

Relato Aula 3: (13 de Setembro)


Na terceira aula da disciplina trabalhamos o texto Oficina do objeto, de Magaly Cabral.
O texto foi abordado de maneira dinâmica visto que foram divididos tópicos de discussão, onde os colegas tiveram um tempo destinado a discussão teórica entre si. Após, todos entraram em um bate-papo sobre os temas e conceitos trabalhados no texto de Magaly.
A autora aborda uma proposta de oficina que ela construiu em conjunto com Domingos Gonzalez Cruz, que relaciona a palavra com o objeto museal. Para isso a autora embasa-se em três pilares teóricos, Vygotsky (Pensamento e linguagem, Zona de Desenvolvimento Proximal), Bakhtin (homem como sujeito social/marxismo dialético) e Paulo Freire (democratização escolar/palavras geradoras).
A autora inúmeras vezes explicita conceitos chaves como o museu sendo um sistema simbólico que media o homem em relação com o mundo. Aborda conceitos como o discurso museológico, entendido como uma discurso ideológico, com um propósito definido. Os objetos não são inócuos, não valem por si, mas sim são significáveis.
No item de Ação Educativa no Museu relaciona o conceito proposto de Vygostky de Zona de Desenvolvimento Proximal como essencial ao aprendizado, em especial para desenvolver a capacidade de construir um canal de troca de experiências e saberes com base nos objetos museais.
Por fim, finaliza com a proposta da oficina que relacione palavra e objeto de maneira a valorizar o visitante, construir uma relação dialética de troca de ideias, onde os objetos serão geradores (Paulo Freire). A oficina utilizará poesias, palavras soltas, temas geradores, todos relacionando-se aos objetos. A autora conseguiu realizar a oficina na Semana Paulo Freire em 2006, mas acaba o texto lançando novos desafios...Será possível faze-lo no Museu da República?
E em outros museus do nosso país?

Relato aula 1-2: (30 de agosto e 06 de setembro)


Na primeira aula da disciplina não estava presente, mas segundo a ementa foram apresentadas as pautas a serem discutidas na disciplina, a ementa e toda a programação da disciplina em si. Foram definidas as bases para o restante das aulas e os textos e dinâmicas a serem trabalhados em aula.
Na segunda aula, na qual ingressei na disciplina Informação e Educação Patrimonial, na modalidade aluno especial diplomado, ocorreram às discussões sobre a educação patrimonial em museus e as relações históricas. Foram pontualmente discutidas a partir da apresentação de slides e do referencial teórico da aula os conceitos de dimensão educacional do museu e de função educacional da instituição. Os textos trabalhados foram: Educação Museal, de Marcele Pereira e A Presença de estudantes, de Paulo Knauss. O primeiro trata-se de uma tese que tenciona abordar as inúmeras práticas educativas realizadas em museus, conceituando de forma detalhada a diferença entre a dimensão e a função educativa destas instituições. Para isso, utiliza do estudo de caso do Museu Nacional, que segundo a autora foi o primeiro a institucionalizar a função educativa do museu.
Por sua vez, o segundo texto é um artigo que aborda a Museologia no Brasil e sua produção intelectual no que tange as relações Museu-Educação dos anos 1950-1980. Trata em particular do encontro do ICOM realizado em 1958 no Rio de Janeiro, onde inúmeras questões dos papéis educacionais do museu foram abordados.