Na terceira aula da disciplina trabalhamos o texto Oficina do objeto,
de Magaly Cabral.
O texto foi abordado de maneira dinâmica visto que foram
divididos tópicos de discussão, onde os colegas tiveram um tempo destinado a
discussão teórica entre si. Após, todos entraram em um bate-papo sobre os temas
e conceitos trabalhados no texto de Magaly.
A autora aborda uma proposta de
oficina que ela construiu em conjunto com Domingos Gonzalez Cruz, que relaciona
a palavra com o objeto museal. Para isso a autora embasa-se em três pilares
teóricos, Vygotsky (Pensamento e linguagem, Zona de Desenvolvimento
Proximal), Bakhtin (homem como sujeito social/marxismo dialético) e Paulo
Freire (democratização escolar/palavras geradoras).
A autora inúmeras vezes
explicita conceitos chaves como o museu sendo um sistema simbólico que media o
homem em relação com o mundo. Aborda conceitos como o discurso museológico,
entendido como uma discurso ideológico, com um propósito definido. Os objetos
não são inócuos, não valem por si, mas sim são significáveis.
No item de Ação Educativa no Museu relaciona o conceito proposto de
Vygostky de Zona de Desenvolvimento Proximal como essencial ao
aprendizado, em especial para desenvolver a capacidade de construir um canal de
troca de experiências e saberes com base nos objetos museais.
Por fim, finaliza com a proposta da oficina que relacione palavra e
objeto de maneira a valorizar o visitante, construir uma relação dialética de
troca de ideias, onde os objetos serão geradores (Paulo Freire). A
oficina utilizará poesias, palavras soltas, temas geradores, todos
relacionando-se aos objetos. A autora conseguiu realizar a oficina na Semana
Paulo Freire em 2006, mas acaba o texto lançando novos desafios...Será possível
faze-lo no Museu da República?
E em outros
museus do nosso país?
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